sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Dever


- Tzu-kung queria libertar a ovelha sacrificial no anúncio da lua nova. O Mestre disse: "Ssu, você está relutando em se desfazer do valor da ovelha, mas eu reluto em ver o fracasso do ritual". -

Trecho Retirado de: Os Analectos, Confúcio.

Uma pequena conversa muito interessante, pois mostra que em certos momentos mesmo que não queria, existe coisas que devem ser feitas, pois não é somente seu desejo que é levado em consideração, mas os de muitos outros que devem ser considerado, no caso, acredito que Tzu-kung teve receio por achar um ato banal sacrificar o animal em nome de uma cerimônia, porém isso era algo natural na época e que denotava respeito e prestigio ao evento.


Isso me faz pensar em quantas vezes fujo das coisas relutando sobre achar certo ou errado ou simplesmente usando alguma desculpa mas que na verdade estava com preguiça(bem comum isso), ainda sim sabendo que elas deveriam ser feitas, por serem meu dever.

O ultimo fato que me faz pensar nisso é sobre meu bonsai, sei que um dia será necessário fazer cortes drásticos se quero que ele fique com as caracteristicas de bonsai, porém não gosto da idéia desses cortes mas não faze-los implica em não seguir o real objetivo do bonsai que é você moldar a sua árvore, estudar como quer que ela fique e então fazer com que ela fique assim.

Porém, Confúcio era extremamente obediente as tradições, ele acreditava que seguir ela era manter seu caráter integro, isso é algo que não concordo com ele, não totalmente.

Esses ritos para mim seriam equivalentes as leis atuais, acreditar que elas devem ser cumpridas plenamente sem questionar é um tanto quanto ignorância, pois sabemos bem que nem todas foram feitas de forma justa e para o bem de todos. Ainda sim, talvez o grande problema dele não fosse acreditar plenamente nos ritos, mas sim, ter um pensamento puro deles até onde consigo ver ele acredita que os lideres devem ser pessoas totalmente centradas no bem de todos e com isso eu concordo, porem não vejo nenhum líder assim para acreditarmos fielmente em seus feitos.