sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Dever


- Tzu-kung queria libertar a ovelha sacrificial no anúncio da lua nova. O Mestre disse: "Ssu, você está relutando em se desfazer do valor da ovelha, mas eu reluto em ver o fracasso do ritual". -

Trecho Retirado de: Os Analectos, Confúcio.

Uma pequena conversa muito interessante, pois mostra que em certos momentos mesmo que não queria, existe coisas que devem ser feitas, pois não é somente seu desejo que é levado em consideração, mas os de muitos outros que devem ser considerado, no caso, acredito que Tzu-kung teve receio por achar um ato banal sacrificar o animal em nome de uma cerimônia, porém isso era algo natural na época e que denotava respeito e prestigio ao evento.


Isso me faz pensar em quantas vezes fujo das coisas relutando sobre achar certo ou errado ou simplesmente usando alguma desculpa mas que na verdade estava com preguiça(bem comum isso), ainda sim sabendo que elas deveriam ser feitas, por serem meu dever.

O ultimo fato que me faz pensar nisso é sobre meu bonsai, sei que um dia será necessário fazer cortes drásticos se quero que ele fique com as caracteristicas de bonsai, porém não gosto da idéia desses cortes mas não faze-los implica em não seguir o real objetivo do bonsai que é você moldar a sua árvore, estudar como quer que ela fique e então fazer com que ela fique assim.

Porém, Confúcio era extremamente obediente as tradições, ele acreditava que seguir ela era manter seu caráter integro, isso é algo que não concordo com ele, não totalmente.

Esses ritos para mim seriam equivalentes as leis atuais, acreditar que elas devem ser cumpridas plenamente sem questionar é um tanto quanto ignorância, pois sabemos bem que nem todas foram feitas de forma justa e para o bem de todos. Ainda sim, talvez o grande problema dele não fosse acreditar plenamente nos ritos, mas sim, ter um pensamento puro deles até onde consigo ver ele acredita que os lideres devem ser pessoas totalmente centradas no bem de todos e com isso eu concordo, porem não vejo nenhum líder assim para acreditarmos fielmente em seus feitos.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Viver o momento.

Zen em quadrinho - Tsai Chih Chung

Não sei sobre vocês, mas eu tenho a péssima mania de pensar a todo o momento, e isso atrapalha, muito.

Vejamos, ônibus de manhã, eu vou pensando sobre o que tenho de fazer durante todo o dia, pensando o que poderia fazer também e não poderei fazer e com isso, não consigo simplesmente relaxar e descansar num horário que não tenho nada para fazer.

Após chegar no trabalho, penso em coisas que preciso aprender, aprender, aprender, melhorar e vou levando o trabalho em um sistema mecânico, já que a atividade muitas vezes é repetitiva.

No almoço, penso sobre o que falta fazer no trabalho, penso sobre faltar ainda o "segundo tempo" do trabalho e que depois ainda terá faculdade.

E na hora de dormir, faço uma completa revisão , além dos meus já legais pensamentos problemáticos que me mantém em eterno conflito.

Resumidamente, perco cada momento pensando em outro, enquanto poderia perceber coisas novas.

E vocês, comem quando tem fome?



Cya folks.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Mente.

Bem, estou lendo um livro: “O Espírito do Zen” de Alan Watts, um Inglês, filósofo e estudioso de religiões.

E estava procurando sobre o que postar, na verdade seria/será algo diferente do que postarei agora, mas antes de postar sobre Zazen acho que preciso entender melhor os conceitos do mesmo, então postarei uma mensagem que encontrei no livro e que posso dizer trata de um dos piores inimigos meu e de muitos.


“A mente é o seu próprio lugar, e por si mesma
Pode fazer do inferno um céu e do céu um inferno.”


Praticamente, a péssima forma que cuidei da minha mente durante os anos se reflete na péssima forma que vejo tudo hoje em dia, e isso é algo que tento mudar, porém outra questão complicada é mudar um vicio e a vida se tornou viciada, como qualquer outra formada de algo repetitivo.

Bem, hoje estou cansado.
Amanhã...um novo dia, sempre será assim.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A xícara cheia.

Eis eu tentando criar um novo blog, desta vez farei o possivel para manter uma organização sobre o que estarei postando, já que em meu último a desordem era alimentada com comida de primeira.

Bom, iniciarei pelo inicio, ou seja, explicando o porquê do link e nome escolhido.
Primeiro, um trecho de um conto que Bruce Lee costumava transmitir aos alunos iniciantes:

- Certa vez, um homem erudito foi visitar um mestre zen para saber sobre o zen. Enquanto o mestre falava, o erudito freqüentemente o interrompia para expressar suas opiniões, com: ”Ah, sim, nós também temos isso”. Finalmente, o mestre zen parou de falar e começou a servir chá para o homem erudito. Serviu até a borda, e continuou despejando chá até a xícara transbordar. "Pare, a xícara está cheia, não cabe mais chá dentro dela", disse o homem erudito. "É isso mesmo, respondeu o mestre zen. "E se você não esvaziar primeiro a sua xícara, como poderá saborear a minha xícara de chá?”-

Foi um fator interessante a questão de que a primeira vez que li esse conto (no livro Aforismo de Bruce Lee) não me liguei tanto a ele, porém em seguida comecei o livro “Quem somos nós?” e que por coincidência (ou não) havia o mesmo conto enter suas páginas, e por outra coincidência (ou não novamente) a temática sempre acaba envolvendo questões sobre zen e ambos os livros me abrem a mente para uma visão mais interessante sobre a vida e me interessei sobre o assunto (zen), não que ainda saiba algo realmente profundo sobre isso, ainda estou no que foi me transmitido pelos dois livros, mas que já é de grande ajuda.

Bem, xícara cheia e minha mente fechada e que tento aos poucos expandir para novos horizontes, o nome “Um sopro da consciência” é só uma complemento a essa idéia de libertação dos grilhões de conhecimentos pré-definidos, mas tenham em mente que consciência vai além de meras lembranças e memórias, mas isso será assunto futuro.

Bem, espero que gostem, e espero conseguir escrever o melhor possível aqui, e também espero não relaxar e carregar o blog com a barriga, como estava fazendo com o antecessor (e que por sinal não morrerá, mas deixarei como algo genérico).

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Reflexão:

Sua xícara está cheia ou vazia?

Você vê através de uma visão pré-defina ou está aberto a novas idéias?
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CyA

Daniel Mariano